do latim tardio passio -onis
derivado de passus, particípio passado de pati «sofrer»
Termo aplicado a um sentimento muito forte em relação a uma pessoa, objeto ou tema.
O meu conceito de paixão:
Uma merda.
Borboletas na barriga, respiração descontrolada, coração a bater descompassadamente, o mesmo pensamento 24h por dia, tal e qual um obsessivo-compulsivo, ouvir músicas cheias de mel e sorrir feita estúpida, expectativas altas, construção de sonhos desmedidos. Toda a gente a conhece.
Quando alguém se apaixona, todas as portas e janelas se abrem para a vida, o ar trespassa a alma e os ouvidos conseguem captar até os rouxinóis do outro lado do mundo, o sol brilha mais, o verde fica mais verde e o azul mais límpido.
A paixão é um sentimento vampírico, qual saga twilight, que amplia os sentidos, as emoções, e se correr mal a alma não aguenta e desfaz-se em pó.
A paixão é um estado, é um fogo volátil que se apaga ou atenua, e a diferença entre uma e outra está na verdade da alma de cada uma das partes e é essa verdade que faz acontecer o amor, só essa verdade é capaz de fazer renascer a fénix que os guiará pela vida fora.
Mas o mundo está cheio de modas. Agora já não se ama devagarinho, ama-se e pronto, e a mesma facilidade com que se ama também se desama. Agora já não se namora, o namoro passou a estar em vias de extinção, hoje a moda são as amizades coloridas, cheias de arco-íris, de impessoalidade e superficialidade. Nunca percebi essa definição. Uma relação cheia de cores... Basicamente é assim que defino uma amizade colorida, onde a paixão é dona e senhora de duas almas sedentas de um tédio repetitivo.
A paixão é um sentimento vampírico, qual saga twilight, que amplia os sentidos, as emoções, e se correr mal a alma não aguenta e desfaz-se em pó.
A paixão é um estado, é um fogo volátil que se apaga ou atenua, e a diferença entre uma e outra está na verdade da alma de cada uma das partes e é essa verdade que faz acontecer o amor, só essa verdade é capaz de fazer renascer a fénix que os guiará pela vida fora.
Mas o mundo está cheio de modas. Agora já não se ama devagarinho, ama-se e pronto, e a mesma facilidade com que se ama também se desama. Agora já não se namora, o namoro passou a estar em vias de extinção, hoje a moda são as amizades coloridas, cheias de arco-íris, de impessoalidade e superficialidade. Nunca percebi essa definição. Uma relação cheia de cores... Basicamente é assim que defino uma amizade colorida, onde a paixão é dona e senhora de duas almas sedentas de um tédio repetitivo.
Fala-se em namoro e o caldo entorna-se.
Porque é cedo demais, porque namorar é coisa séria, impõe respeito, dá trabalho, às vezes faz doer e o risco de se perder é enorme. Por isso, é melhor deixar o fogo queimar o mais rápido que se puder e quando se apagar há-de haver mais lenha algures.
Namorar custa, mas a paixão cansa.
A paixão provoca estados biológicos violentos, comporta-se, literalmente, como uma droga a circular nas veias provocando estados de êxtase e euforia. Mas a paixão também magoa, faz sofrer, basta haver uma diminuição da dose e já se entra em ressaca, daí à loucura são dois passos.
E não há pior ressaca do que a da paixão frustrada. Fica-se com a sensação de um vazio cheio de ecos ensurdecedores, o que outrora era cheio de cores de repente fica cinzento, é como ouvir um fado magoado ao som do choro de uma guitarra e rezar para que o destino não se esqueça do coração.
Mas o que é a paixão se não um doar constante e exaustivo, desgastar as palavras e o corpo até não restar mais do que uma brisa cheia de nada?
Não há nada nesta vida que não tenha custos, consequências, e o preço de uma paixão é tal e qual como apostar toda uma vida de convicções e ideais, inclusive sonhos, numa roleta de casino.
Se compensa? Somando Perigo + Loucura, dividindo pela Incerteza e elevando a Dor ao quadrado diria que não. Há riscos desnecessários.
Quem não arrisca não petisca, mas petisco nenhum alimenta uma alma inteira, para um coração esfomeado de amor, a paixão é uma folha de alface, é uma restrição alimentar que ninguém aguenta, é morrer à fome devagarinho e aceitar com convicção.
Ninguém morre de amor, disseram-me um dia.
Loucos.
O que é a paixão se não um veneno mortal capaz de tornar santos Romeu e Julieta?
Amor é um fogo que arde sem se ver, diz o Poeta.
Paixão é uma chama que se apaga e faz doer, digo eu.
Porque é cedo demais, porque namorar é coisa séria, impõe respeito, dá trabalho, às vezes faz doer e o risco de se perder é enorme. Por isso, é melhor deixar o fogo queimar o mais rápido que se puder e quando se apagar há-de haver mais lenha algures.
Namorar custa, mas a paixão cansa.
A paixão provoca estados biológicos violentos, comporta-se, literalmente, como uma droga a circular nas veias provocando estados de êxtase e euforia. Mas a paixão também magoa, faz sofrer, basta haver uma diminuição da dose e já se entra em ressaca, daí à loucura são dois passos.
E não há pior ressaca do que a da paixão frustrada. Fica-se com a sensação de um vazio cheio de ecos ensurdecedores, o que outrora era cheio de cores de repente fica cinzento, é como ouvir um fado magoado ao som do choro de uma guitarra e rezar para que o destino não se esqueça do coração.
Mas o que é a paixão se não um doar constante e exaustivo, desgastar as palavras e o corpo até não restar mais do que uma brisa cheia de nada?
Não há nada nesta vida que não tenha custos, consequências, e o preço de uma paixão é tal e qual como apostar toda uma vida de convicções e ideais, inclusive sonhos, numa roleta de casino.
Se compensa? Somando Perigo + Loucura, dividindo pela Incerteza e elevando a Dor ao quadrado diria que não. Há riscos desnecessários.
Quem não arrisca não petisca, mas petisco nenhum alimenta uma alma inteira, para um coração esfomeado de amor, a paixão é uma folha de alface, é uma restrição alimentar que ninguém aguenta, é morrer à fome devagarinho e aceitar com convicção.
Ninguém morre de amor, disseram-me um dia.
Loucos.
O que é a paixão se não um veneno mortal capaz de tornar santos Romeu e Julieta?
Amor é um fogo que arde sem se ver, diz o Poeta.
Paixão é uma chama que se apaga e faz doer, digo eu.
Literariamente este texto está muito bom. Pessoalmente é uma lástima que tenha sido escrito por uma menina da sua idade. Tanta desilusão, aflige. Eu tenho 70 anos, e entre namoro e casamento uma relação de 53 anos. Tão feliz que ainda hoje penso que a minha sorte se esgotou no dia do casamento. A minha ideia de paixão, é as hormonas aos saltos e os desejos do corpo. Isso é bom claro, mas não serve de base para nenhuma relação séria. O essencial é o amor. O amor e uma forte química (como vós dizeis na atualidade) é o ideal. Mas o amor pode sobreviver sem sexo, agora paixão nenhuma sobrevive sem amor.
ResponderEliminarGosto de pensar que este texto é apenas um dissertar sobre a paixão e que não se deva a uma desilusão pessoal. Gostaria que tivesse um casamento feliz, porque o merece e tem dois filhotes lindos.
Um abraço e tudo de bom
Princesa, os amores não são todos assim, talvez só tenhas passado pelo amor errado, sabes? Tudo a seu tempo <3
ResponderEliminarTHE PINK ELEPHANT SHOE // INSTAGRAM //
Ual! Que intenso! Amei o texto. Bem escrito, prabéns!!
ResponderEliminarBeijos.
Jovens Mães
Tens toda a razão... Acho que é um bocado aquilo que falámos das separações. AS pessoas já não se esforçam, já há facilidade de se por a andar, hajam filhos ou não. Não entendo.
ResponderEliminarEnfim
Beijinho*
Márcia, que texto tão bonito! Não te tira a razão em muitas coisas nomeadamente na pressa que todos parecem ter em saltar etapas e fazer arder essa paixão inicial. E é verdade que dá mais "trabalho" amar do que apaixonar-nos e que a paixão é uma delícia mas não chega. Não seria capaz de viver só de paixão, preciso de amor. E ele acaba por chegar, desde que continuemos a acreditar nele.
ResponderEliminarBeijinho!