|| Eu hei-de voltar

Eu volto sempre meus amores!
Por agora vou espreitando alguns blogues através do telemóvel, aqueles que vão aparecendo no facebook porque fiz like nas respetivas páginas, mas, ainda não entendi o porquê de não conseguir ver a lista dos blogues que sigo e das atualizações que vão fazendo para ir acompanhando. Ando a ver se alguém expert me ajuda a resolver o problema porque pra vos ler a todos só vindo ao computador e como nem isso tenho feito, exceto para fazer coisas básicas como encomendas, etc.
Mas sei que algumas pessoas têm passado por aqui e deixado comentários ao que vou escrevendo, mas quero deixar o meu abraço bem apertadinho para a Dona Elvira que, de volta e meia, vem aqui preocupada para saber de mim ou então deixar-me um abraço, um carinho. Gosto imenso de si e é nos apertos que se conhece o outro lado, que se vê quem é quem, tem sido como uma mãe para mim! Muito obrigada pelo seu carinho.
Depois vem também a minha querida Elisa, uma das minhas primeiras seguidoras, é uma pessoa que me é especial, não sei explicar, nestas coisas sou muito do sentir e pouco explicar. Quero agradecer-te pelo carinho, pela preocupação, pela tua manifestação de saudades das minhas publicações.
És linda!
Bom, o meu problema no ouvido tem ando mais ou menos estável, e digo mais ou menos porque há 3 dias para cá surgiram complicações, muitas dores de cabeça, tonturas fortes e feias, até ao sangrar pelo ouvido. Ontem fui a uma urgência para ser observada mas, claro, eu tenho uma grande sorte com médicos e saiu-me uma sapateira que, mesmo depois de eu lhe ter dito que tenho um colesteatoma no ouvido direito, que estou em lista de espera para ser operada mas que não me ando a sentir bem, concluiu que afinal era uma otite e que tinha que tomar antibiótico.
Perguntei-lhe como era possível, se o meu médico me tinha receitado ácido bórico para colocar no ouvido todos os dias, religiosamente, para evitar complicações, uma delas otites, e manter o ouvido estável até à operação. Ele próprio me alertou para ter muito cuidado porque otites em cima do tumor é muito perigoso.
Mas claro, para a médica era tudo uma questão de otite e disse que o antibiótico é quase milagreiro, que o ouvido iria deixar de purgar durante uns tempos, quase como se ficasse curada. Perguntei-lhe que antibiótico iria tomar, "ofloxacina", disse-me ela, um medicamento que tomei várias vezes mandado pelo meu médico e que nem cócegas fez.
Portanto, tenho andado ansiosa com a operação, como é normal, mas a ansiedade disparou desde que os sintomas começaram a agravar.
Mas estou aqui, com medo, insegura, sempre a magicar o pior, mas estou aqui pronta para o que vier. Tenho muita fé, eu sei que será aquilo que Deus quiser mas isso eu não controlo, só tento aceitar.
Eu tenho sempre muita coisa para vos trazer, muita mesmo, mas vou-me deixando ficar, deixo-me entorpecer, deixo-me ir andando. Sei que é mau deixar-me ir, deixar-me paralisar pelo medo, pelo incerto, mas tudo isto tem-me feito também pensar e questionar muito da minha vida, das minhas escolhas, do que é que eu andei a fazer com a minha vida. Porque, no fundo, é isto, é ter a noção de que de um dia para o outro tudo isto pode acabar e não há nada mais triste, mais assustador que é eu morrer com a sensação que não vivi bem e como eu quis.
A família vai apoiando de longe, como pode. Vou-me agarrando aos filhos, mas são muitas as vezes em que não os quero por perto, quero-os felizes mas longe, sem sentirem a nuvem que paira na minha cabeça. Outras quero-os por perto, amassa-los de beijos e abraços, aperta-los contra o meu peito, a desejar muito que eles gravem nas suas memórias o muito amor que lhes tenho e que terei para sempre, aconteça o que me acontecer.
Para quem me ama e vem aqui à minha procura, não se desiludam, não fiquem zangadas. A minha ausência é uma ausência explicável, aceitável. Mas eu volto, porque eu acredito que o melhor de ir é o voltar.
E eu volto, sempre.

Beijinho