|| Psicologando #1

Olá meus amores mais lindos!
Tudo bem? Como estão?
Tenho andado sumida dos vossos blogs, até aqui tenho andado mais ausente, mas é uma fase, uma de tantas más que às vezes aparecem na minha vida só para me moer o juízo, mas tal como vem também vai, demore o tempo que demorar.
Hoje venho só conversar convosco, afinal este blog também tem uma componente pessoal não é só sobre maquilhagem, reviews de produtos e receitas.
Tenho andado a pensar nestas últimas semanas em que andei mais ausente - quer dizer, além de dormir imenso como se não quisesse saber de mais nada, também pensei imenso - sobre muitas coisas, andei a arrumar algumas gavetas na cabeça e a sarar as feridas do coração, muitas delas que foram ficando ao longo do tempo e outras mais recentes. Andei a pensar no tipo de pessoas que me rodeavam, naquilo que elas queriam de mim e também naquilo que eu podia esperar delas. Cheguei à conclusão de que muitas delas tinham de ser arrumadas, juntamente com as histórias que vivi com elas.
Há histórias mal acabadas, e depois as pessoas envolvidas ficam num impasse de "vão ou ficam", e se forem pessoas tóxicas é o caos, sugam-nos a energia e a paciência até que não nos sobre mais nada, até que decidamos manda-las embora de uma vez por todas, com a certeza daquilo que estamos a fazer.
É incrível como mudei depois de ter arrumado histórias e pessoas na minha vida. Estava a precisar, acreditem, já se estava a tornar insuportável conviver comigo mesma. Chegou a um ponto que tive de escolher: ou arrumava as histórias dispersas, e consequentemente as personagens delas, ou iria continuar a servir de alimento a egos vazios.
Coincidência ou não, a minha saúde começou a melhorar muito, parece que me saíram quilos dos ombros. Não é que as pessoas sejam fardos, mas chega a uma altura em que temos de ser honestos com nós próprios, admitir-mos que temos pessoas tóxicas na nossa vida que não podem continuar nela, mesmo que gostemos muito delas.
Se nós evoluímos e os outros ficam para trás, estagnados, à espera que alguém resolva os seus problemas existenciais enquanto cometem os mesmos erros-padrão, torna-se incompatível manter algum tipo de relação. E foi, exatamente, isto que aconteceu comigo, tive que aceitar que algumas pessoas já não são dignas de existirem na minha vida, passaram a páginas acabadas e viradas.
Tudo isto custa, não pensem que não. Afinal são pessoas que, de uma forma ou de outra, tiveram muita importância na minha vida. Mas a determinada altura vi-me noutro patamar, mais à frente, e por muito que eu tentasse - e tentei, muito - que elas me acompanhassem, era impossível que tal acontecesse, porque o "estar mais à frente" conquista-se não se ganha do dia para a noite, é preciso pensar bem naquilo que somos e naquilo que podemos e queremos ser, é preciso largar velhos - e maus - hábitos que nos fazem cometer os mesmos erros até que eles virem padrões, é preciso desapegar, e eu sei que só quem quer muito é que é capaz disto tudo.
Há alturas na vida em que tem mesmo de ser "ou eu ou os outros", e como eu já aprendi que acima de qualquer coisa estou sempre eu primeiro, acabo por "arrumar" os outros nos sítios a que pertencem.
Nestas últimas semanas tenho aprendido a desapegar, a deixar ir, a aceitar, e curiosamente tenho-me sentido mais leve, mais focada, mais capaz, com mais saúde. Portanto, fico a pensar que a nossa disposição para a vida é inversamente proporcional ao nível de toxicidade das pessoas que fazem parte dela.
No meio disto tudo fica a certeza de que muito fiz, mas agora, tanto me faz. A vida segue, e eu quero ser feliz.

Beijinho amores e sejam felizes também