domingo, 26 de fevereiro de 2017

|| Carnaval: big no!

Será que sou só eu que não acho piada nenhuma ao Carnaval? Bem, vale a pena só pela pausa nas aulas...



(imagem da net)


Lembro-me que em miúda eu gostava de sair com os outros miúdos da escola e desfilar mascarada pelas ruas lá da minha terrinha, era giro, era um dia diferente. Mas com o tempo, e à medida que fui crescendo, perdi o interesse na folia carnavalesca. 
Penso que o Carnaval em Portugal é uma brincadeira de crianças, comparado com o que existe no Brasil. E o mais parolo, é que os portugueses tentam copiar os brasileiros, como se temperaturas de 30 a 40º batessem as temperaturas gélidas que por cá se fazem sentir. Ver as moças semi nuas a sambarem debaixo de um frio do caroço é só ridículo. 
O problema do carnaval é que muita gente se aproveita (e se desculpa) para fazer mal aos outros com o cliché do "é carnaval ninguém leva a mal". Claro que levo a mal! 
Muita gente sai à rua só para meter nojo e fazer a vida negra aos outros com brincadeiras parvas que não lembram nem ao menino jesus, e é aí que o carnaval perde a graça que deveria ter.
Outra piada carnavalesca são as discotecas de Lisboa. Ontem saí para dançar e celebrar o facto de ter feito anos e dirigi-me a uma discoteca que me tinham recomendado por estar na moda e por ser porreira, mas assim que cheguei à entrada e li "Festa Privada, consumo mínimo obrigatório 500€" deu-me vontade de sair de cima dos meus saltos e sambar à chapada na cara do gajo que se lembrou daquela estupidez. 500€??? Fosgace, roubar é com uma pistola!
Fora isso, as pessoas andavam pelas ruas, umas fantasiadas a preceito outras nem precisavam, onde o álcool era rei e senhor da estupidez. 

Conclusão: voltei para casa desiludida (puto da vida, vá) e a detestar ainda mais o carnaval.

Para quem gosta, divirtam-se. Com juízo, por favor.





quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

|| 29 anos

29 anos... Ainda ontem alterei a descrição ali do lado direito de 27 para 28!!



Fazer 29 anos é assustador, confesso. 
Desde muito nova que sempre imaginei que quando chegasse aos 30 a minha vida acabava, que a juventude passava, que já não havia mais nada para viver ou aprender. Obviamente que hoje acredito que não é bem assim, mas envelhecer continua a custar-me, continua a assustar-me. 
Não há nada pior do que a possibilidade de um dia esquecer-me de quem fui e de quem sou hoje, acho que é mais por isso que me custa tanto envelhecer.
E como é estar nos pré-trinta? É um misto.
Por um lado é bom porque me sinto mais madura, mais consciente de quem sou e do que quero, sou mais humana, mais ponderada, mais assertiva, apaixonei-me profundamente por mim mesma (o que era algo que eu achava que nunca iria acontecer).
Mas por outro lado...olho para trás e pergunto-me constantemente "o que raio andaste a fazer? não viveste quase nada!". 
Psicologicamente falando, estou numa crise, ahahahahah. Mas uma crise não tem que ser olhada de forma negativa, muito pelo contrário, uma crise é ter consciência daquilo que se fez ou não, e pensar sobre aquilo que se quer e o que fazer para se ter.
Alguém me disse um dia (alguém que eu amo muito!) "é ver nos teus olhos os 20 mas teres a maturidade dos 30". 

Que os 29 me conservem o sorriso doce de quem acredita que o melhor está sempre por vir, que me continuem a alimentar a esperança de que o mundo ainda é um lugar bonito para se viver.
Que os 29 me tragam a sabedoria de que o caminho faz-se andando e de que a felicidade é a certeza crescente de que dei sempre o melhor de mim.
Que os 29 me ensinem a honrar o compromisso deste amor próprio que hoje trago ao peito e a realização dos sonhos que trago no bolso. 
Que os 29 me tragam a coragem e a força para nunca me esquecer, por um segundo que seja, de onde vim e de quem quero ser.
Que os 29 me conservem a ideia de que o amor deverá ser sempre a causa primária de todas as coisas e a certeza de que no dia em que me esquecer disto perco-me para sempre.

Tchim tchim! 



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

|| O meu lado doceiro

Olá meus amores!
Tudo bem?
Por aqui está tudo a andar, ainda estou a adaptar-me ao novo semestre da faculdade, mas até agora estou a conseguir lidar com a pressão porque...acreditem, com as cadeiras que tenho para fazer é para pirar, mas vou conseguir!
Hoje, e a propósito de um fim de semana atribulado em termos de trabalho, vim falar-vos de um lado meu, daquilo que faço, profissionalmente falando.
Ora bem, ali do lado direito, na minha descrição, uma das coisas que lêem é que sou pasteleira. Pois é, sou pasteleira e cake designer (são coisas diferentes tá?).
O cake design entrou na minha vida por uma razão muito simples: eu sempre adorei os casamentos e os batizados por causa dos bolos ahahahahahah, é verdade, aqueles bolos com pasta de açúcar que eu achava que era tudo massapão. Quando fiz 23 anos eu não queria mais um bolo típico de pastelaria, queria algo diferente, queria um bolo com pasta de açúcar, como os bolos de casamento.
Nessa altura o cake design ainda não estava tão divulgado como nos dias de hoje, na altura eu não conhecia ninguém que fizesse esse tipo de bolos em casa. Vai daí, pesquisei formas de conseguir essa pasta e como poder fazer o meu próprio bolo, e assim foi.
A primeira loja com que tive contacto que vendia pastas de açúcar e todo o material necessário para decoração de bolos foi a loja "Isto faz-se", na altura tinham loja em Benfica. Acabei por conhecer a massapão, a pasta americana e a pasta de açúcar.
Eu fiz o meu bolo de aniversário que, acidentalmente, ficou com aspeto de chapéu tal era a inexperiência em deixar as bordas direitinhas e lisas, estava a começar...
A partir daí a minha curiosidade foi aumentando, fiz workshops de iniciação da decoração de bolos, técnicas de moldagem, etc, e daí até tirar o curso profissional de pasteleira foi uma questão de 2 anos.
E falo-vos disto só agora porquê, perguntam vocês? Porque esta semana faço anos e é sempre nostálgico lembrar-me daquele dia na cozinha, ávida de curiosidade, a fazer o meu primeiro bolo, de tantos os que já me passaram pelas mãos, de aniversário.

Entretanto, à medida que fui ganhando experiência, acabei por criar um logótipo e uma marca, criei página no facebook (e recentemente também no instagram) e aventurei-me por este mundo doce. Há quem me diga "esquece psicologia, dedica-te aos bolos, dar-te-á mais dinheiro do que aquele que algum dia psicologia te dará", mas psicologia e pastelaria são dois sonhos que podem muito bem andar de mão dada, e é isso que tenho tentado manter.
Vai daí, resolvi partilhar convosco alguns dos meus trabalhos, para que vocês possam conhecer um bocadinho daquilo que faço, e claro, se estiverem interessadas também vos deixo a página de facebook onde podem ver tudo o que já fiz e a minha evolução.



(símbolo pintado à mão!)





















(rosas comestíveis)


(sapato comestível)



Facebook: https://www.facebook.com/adocicarte/
Instagram: @adocicarte_ 

Passem por lá, acompanhem esta minha aventura. Quem sabe eu faça um sorteio de um bolo, brevemente?

Fiquem bem! Até ao próximo post!

Beijinho 





sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

|| O meu filho gosta de coisas de menina, e agora?

Sempre quis ter uma filha, sempre.
Desde que me conheço como gente sempre fui a menina das bonecas e dos nenucos, de despir e vestir roupinhas de bebé, de fingir que amamentava [mal eu sabia que doía para cacete!], e o sonho de ser mãe de uma menina com quem eu pudesse também brincar surgiu muito cedo.
Mas se pensam que eu era só de barbies e nenucos enganem-se, brinquei eu muita vez com os carrinhos do meu irmão deitada no tapetão que a minha mãe tinha na sala de jantar e era simplesmente delicioso ver o meu irmão a improvisar garagens e rampas e depois brincarmos juntos com os carrinhos e motas dele.
Nunca fui criticada ou reprimida pelos meus pais, eram brincadeiras como outra qualquer, ao contrário dos que vinham de fora que tinham a mania de dizer "tu gostas dessas coisas? isso são coisas de meninos!". Confesso que me incomodava, como se eu estivesse a fazer alguma coisa errada, mas não fazia grande caso disso.
Mas um dia tornei-me mãe, e a visão é outra. Se por um lado não faço caso e sou até rebelde por ir contra às predefinições da sociedade, por outro lado revolta-me estes rótulos, estas críticas que surgem do nada como se fossem dogmas.

O meu Mateus tem 1 ano e meio e, desde sempre, é uma criança que não liga rigorosamente nada aos brinquedos dele, acreditem, eu já desisti de lhe comprar brinquedos. Mesmo aqueles que dão música é escusado, ele olha para aquilo com ar de "mas qué isto? se ainda fosse para comer!".
Quando ele começou a andar começou também a explorar os cantos à casa, e qual foram os primeiros brinquedos dele, perguntam vocês? Uma vassoura e uma pá. Sim, isso mesmo, a vassoura e a pá que eu uso nas limpezas.
Mas se no início era engraçado vê-lo de um lado para o outro com a vassoura, deixou de ter piada quando comecei a levar com ela na cabeça de cada vez que ele passava por mim. Vai daí, no natal passado, ofereci-lhe um carrinho que trazia uma pá, uma vassoura, uma esfregona e o balde.
Ainda hoje é o brinquedo preferido dele.
Mas quando as pessoas vêm cá a casa e o vêem a brincar com aquilo perguntam sempre "onde está a menina?". Como assim, onde está a menina?! E depois é que percebo a piada dinossáurica de que vassouras e pás são coisas de menina.

Se por um lado eu estou-me completamente a borrifar para aquilo que os outros possam achar sobre o facto de ter oferecido um brinquedo indicado para meninas ao meu filho que é menino, por outro, cresce-me uma revolta nas entranhas.

Mas afinal, quem é que estipulou a regra de que pás e vassouras são coisas de rapariga e que os carrinhos são só para os rapazes?! Juro que não entendo.
Às vezes sinto-me uma extra terrestre com uma mentalidade demasiada avançada para viver circunscrita pelos princípios tão limitados desta sociedade. Mas mais do que isso, assusta-me esta pressão com que os miúdos já nascem hoje em dia.
Se é menina vai ter de andar vestida de cor de rosa, cheia de folhos e lacinhos na cabeça, vai estar rodeada de barbies, bonecas e nenucos; se é menino vai ter de andar vestido com ganga dos pés à cabeça, papillon no pescoço, e só pode ter carrinhos e motas porque se tocar numa boneca que seja ainda há-de ser gay.
Porquê??
Porque é que as pessoas insistem em obrigar os miúdos a seguirem um padrão como se acreditassem que é isso que os fará dignos e bons, que é isso que fará deles pessoas? Que presságio é esse da distinção entre coisas de meninas e meninos, como se fosse trágico a mistura desses dois mundos?

Eu fui tão feliz a saltar e a sujar-me como um menino, a brincar com carrinhos e motas deitada no tapetão da sala de jantar, fui tão feliz a aprender anedotas com asneiras e dar peidos à gajo [sim, eu tinha um irmão prendado]. E não foi por isso que também não me interessei por [e brinquei muito com] barbies e nenucos!
Se viver nesses dois mundos e experimentar o que cada um oferece me ajudou ou me ensinou alguma coisa? Muito, bem mais do que alguém possa imaginar.
Ao viver no mundo de meninas e meninos pude experimentar coisas diferentes, objetos diferentes, mas mais do que isso, percebi que ambos os lados têm muito para ensinar: aprendi a ser seletiva e forte como os meninos, desenvolvi um espírito aventureiro e ávido de experimentar coisas novas, aprendi que a adrenalina também faz bem [e crescer], da mesma forma como me tornei muito sensível e resiliente, adquiri a sensibilidade, a calma e a paciência típica de meninas [vá, a paciência foi só um bocadinho].
Em mim habitam os dois mundos que o mundo inteiro insiste em dizer que são opostos, mas que eu acredito que são complementares. São esses dois mundos que fazem de mim uma mulher completa.

Quando os meus filhos nasceram vesti-lhes todas as cores [sim, mais pareciam arco-íris do que bebés], não houve azul, não houve paneleirices.
Houve amor, houve a promessa de lhes ensinar a serem bons e dignos de serem felizes, só.
Mas à medida que eles crescem o meu papel como mãe e educadora vai-se tornando mais exigente e muitas vezes é desgastante. Já houve vezes em que ouvi o meu Gabriel dizer "ai isso são coisas de menina!" e ter que respirar fundo 350 vezes para não parecer louca e gritar-lhe "isso cá em casa não existe, meu menino!", no fundo, ele não tem culpa que o mundo lá fora o pressione a comportar-se da forma que esperam que um menino se comporte. Sou eu que tenho de lutar contra isso e mostrar-lhe que ele pode ser aquilo que ele quiser, desde que respeite os outros e, sobretudo, desde que seja feliz.

Não aceito que limitem os meus filhos, que lhes digam que eles só serão felizes e pertencerão ao mundo se se comportarem de determinada de forma, a forma que meia dúzia de xoninhas decidiram que era a correta.
Não aceito que os meus filhos se limitem a viver de padrões, do politicamente correto, quero muito mais para eles, há um mundo de possibilidades lá fora para eles conhecerem, para explorarem.
Afinal, foi para isso que lhes dei asas ao nascerem, para voarem. E o que é um voo perfeito se não aquele em que se explora muito mais do que aquilo que a vista alcança?

Um menino gostar de coisas de menina e vice-versa só revela uma mente potencialmente consistente, e é disso que o mundo precisa: consistência. Já existe demasiada inconsistência e intolerância a fazer estragos lá fora.
E se um dia vir os meus filhos a transmitirem a mesma confiança, a mesma assertividade de que meninos e meninas são mundos fantásticos onde se pode viver sem preconceito e ideias predefinidas, então morro com a certeza de que, mais do que boa mãe, eu soube ama-los bem.







quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

|| Nova parceria

Olá meus amoooores!
Ando sumida, eu sei, mas são por bons motivos acreditem.
Neste momento estou a viver uma fase muito bonita, que mais para a frente vos contarei, mas a par disso voltei também às aulas do segundo semestre da faculdade, então ainda me estou a adaptar a tudo, novas rotinas, novos horários, novas exigências.

Hoje trago-vos uma das novidades, é daquelas coisas que eu achava que nunca ia acontecer porque...sei lá, talvez por achar, estupidamente, que não sou merecedora de tanta confiança. Mas a verdade é que quando se dá amor, amor se recebe. Estou-vos a falar da primeira parceria que fiz, juntamente com a Catarina, consultora do Boticário.

A Catarina convidou-me para ser parceira dela e, claro, fãzaça que sou dos produtos do boticário só poderia ter aceitado!
Ela tem uma página no facebook onde podem contactá-la e fazerem as vossas encomendas, caso vos interesse, basta clicarem aqui.

Em breve trarei mais novidades sobre isto e, claro, algumas surpresas.



Espero que estejam todos bem desse lado, esta semana ainda volto com mais dois posts, pelo menos!
Saudades vossas!

Beijinho